Este núcleo integra um dos três eixos epistemológicos/investigativos do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Educação, Diversidade e Inclusão (LEPEDI), tendo por objetivo o estudo sobre as perspectivas de inclusão em educação da população LGBTQI+ e diferentes expressões de gênero, assim como a análise da estrutura conservadora e excludente da escola tradicional.
A diversidade sexual e de gênero é um tema polemizado, considerando que vivemos em uma sociedade que discrimina e segrega. Nesse contexto, temos uma estrutura socioeducacional que reproduz tais limitações impostas pelo patriarcado excludente. Logo, nossos diálogos se estabelecem em um cenário cruelmente eficaz no processo de silenciamento e repressão no ambiente escolar.
Adorno (1995, p. 155) aponta que “desbarbarizar tornou-se a questão mais urgente da educação hoje em dia. O problema que se impõe nesta medida é saber se por meio da educação pode-se transformar algo de decisivo em relação à barbárie.” A reflexão do autor sobre a materialidade do enfrentamento da barbárie pela educação talvez seja a centralidade da discussão de educadores e educadoras, sobretudo quando na escola se materializam diferentes formas de barbárie. Logo, pensar a inclusão escolar, nas suas mais diversas interfaces, é pensar uma educação crítica e emancipadora, com vistas a superação das estruturas socioeducacionais conservadoras, que reproduzem e acentuam silenciamentos de grupos sociais marginalizados historicamente, como a população LGBTQI+ e diferentes expressões de gênero.
Sendo assim, as perspectivas de pesquisa deste núcleo buscam promover o debate sobre a escola conservadora e seu papel na engrenagem da barbárie afirmada por Adorno, de forma que as pautas da inclusão e da diversidade estejam inseridas no cenário escolar/educacional, corroborando para a humanização das relações na sociedade.
